Paralelo Ao Chão

Medulla - 2013
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Vai e vem E leva de novo Já nem me sinto nu Correndo pelado E quando o abstrato se vai Não poupa ninguém Em uma nota de cem Chora no ombro de alguém Tem remela o olho, furacão Da vida não perdoa à toa Água entra porta fecha Dentro pouco resta Da mesma pessoa Aonde ele vai O espelho lhe persegue Aonde ele cai Não quer tropeçar de novo Pois é, vem paralelo ao chão Sobrevive são por pouco Vem vingar Acordar do coma Muda a visão de quem fica Filhos com fome Dentes com ambição A corrupção, sedução parasita Porque o poder paralelo já não é tão paralelo A sonda forte do elo Força do punho, o martelo Quer se libertar, a vaidade cega Recupera o ar, recarrega Nossa guerra, luz do mundo Sal da terra Acordar do coma Muda a visão de quem fica Cachoeira, Beira-mar Quando o crack atropela Gravata no Kaiowá Privatiza a favela Porque o poder paralelo já não é tão paralelo A sonda forte do elo A força do punho, o martelo Põe os punhos pro ar Pois é, vem paralelo ao chão Sobrevive são por pouco