Nado

Apanhador Só - 2013
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Com ar despreocupado Mesmo um pouco complicado Usando gestos elegantes Entra em qualquer discussão Só por esporte ou diversão Hidrocor de ponta seca Mar, areia, pau de lixa Agulhada na orelha Finca o guarda-sol na areia Ou nas costelas da sereia Te te te te te te tec Mil e um caracteres Transcrevendo uma ideia Que não passa de bobagem Talvez se for pra reciclagem Em pleno horário nobre Uma senhora de bigode É levada alegremente Numa estéta-depiladora Que experiência promissora Passa o caminhão do lixo Carrocinha de pipoca Veteranos em farrapos Telefone na hora errada Minha irmã sempre assustada Elevador de conversinha Olha a chuva!, tô com fome Usa uma lata de cinzeiro Vamo embora pra minha casa Sem receio e sem pirraça A tentativa é sempre livre Desandou o desodorante Faz um tempo que eu não corto Tem um nhoque nas tuas costas Eu nado livre numa poça Tartaruga emparedada Camuflagem despontante Numa selva não interessa O que é bronze e o que é lata Tô infiltrado na manada Desenrugando a cabeleira Situação periclitante Eu tô pensando em arrancar A jugular do presidente Minha gengiva tá dormente Cacarejando sem limites Entornando com o bico no gargalo O galo gordo se distrai e gargalha E nao vê o fio da navalha Musiquinha repetindo Sempre os mesmos dois acordes Semi-caos instituído Eu tentei compor um mantra Meta-estrofe de pilantra Piscininha de mil litros Fantasia super homem O maior quintal do mundo Mobilete enferrujada E eu não tô dizendo nada E eu não tô dizendo nada E eu não tô dizendo nada